sexta-feira, 6 de maio de 2011

EMMA WATSON TERIA TRANCADO A FACULDADE APÓS SOFRER BULLYING - O GLOBO

RIO - Segundo o jornal "New York Daily News", a atriz Emma Watson teria trancado a faculdade de Artes na Brown University (EUA) por ser vítima constante de bullying.

A atriz, estrela da saga Harry Potter, teria alegado, no mês passado, estar muito difícil conciliar os estudos com seus compromissos profissionais.

De acordo com o jornal, porém, os motivos que a levaram a deixar a universidade seriam outros: Emma era vítima de insultos promovidos por colegas, que ironizavam suas participações em palestras.

Uma fonte disse ao "New York Daily News" que toda vez que ela fazia algum tipo de intervenção, alguém dizia "três pontos para Grifinória", fazendo menção a uma das frases utilizadas no filme do bruxinho.

Ainda segundo a publicação, Emma também teria sido perseguida por estudantes de Harvard durante uma partida de futebol entre Harvard e Brown. Na época, a atriz teve que assistir a todo o jogo sendo escoltada por seguranças e mesmo assim ouvia frases referentes ao filme "Harry Potter".
 

kidspeace
Campanha Anti-Bullying!!

"ATIRADOR DO REALENGO SOFRIA BULLYING ESCOLAR" - REVISTA VEJA


Wellington Menezes de Oliveira, o assassino que perpetrou o massacre em Realengo, teria sido vítima de bullying nos anos em que estudou na escola municipal Tasso da Silveira – a mesma a que voltou, nesta quinta-feira, para abrir fogo contra os alunos, matando 12 deles. Ex-colegas de classe do atirador disseram ao jornal O Globo que o criminoso sempre apresentou distúrbios de comportamento – e sofria constantes intimidações de alunos da sua turma.

O estudante Bruno Linhares, de 23 anos, estudou com Wellington em Tasso da Silveira e narrou ao jornal de que maneira os alunos provocavam o rapaz. Segundo ele, Wellington ganhou os apelidos de Sherman, em alusão ao personagem nerd do filme American Pie, e suingue, porque era manco de uma perna. “O Wellington era completamente maluco. Ele era muito calado, muito fechado. E a galera pegava muito no pé dele, mas não a ponto dele fazer o que fez”, afirmou.

Bruno afirmou ainda que Wellington não era bom aluno, e frequentemente tirava notas baixas na escola. “A escola deveria ter encaminhado ele para um psicólogo”, afirma o estudante. O ex-colega do atirador disse ainda que os estudantes de sua turma sempre tiveram medo de que Wellington desenvolvesse algum comportamento violento. Segundo Bruno, um dos alunos chegou a afirmar ao atirador que um dia ele “ainda ia matar muita gente”. A frase em tom de brincadeira acabou se tornando uma triste profecia. “Sinceramente, não sei porque ele não fez isso com a nossa turma”, completa.
Pessoas que conviviam com Wellington narraram ao site de VEJA que o rapaz de 24 anos era quieto e retraído. Nunca arrumou briga. “Falava só o básico”, lembra um colega que trabalhou com ele no almoxarifado de uma indústria de alimentos, naquele bairro. Não jogava futebol e não tinha namorada. Não bebia e não fumava. “De um ano para cá, ele começou a andar só de roupa preta”, lembra o ex-companheiro de trabalho. Estranho, para um lugar em que no verão as temperaturas passam dos 40 graus. “Todo mundo sem camisa na rua, jogando bola, e ele de calça preta, camisa preta, sapato preto”, conta.
Montagem sobre fotos de Sérgio Oliveira/AFP e reproduções
O corpo de Wellington de Oliveira é retirado da escola (no detalhe, reproduções da foto dele e da carta em que deixou instruções para seu sepultamento)
O corpo de Wellington de Oliveira é retirado da escola (no detalhe, reproduções da foto dele e da carta em que deixou instruções para seu sepultamento)
O pouco que se sabia de Wellington na rua era que era religioso. E com tendências ao fanatismo: com os pais que o adotaram, frequentava um tempo de Testemunhas de Jeová. Na rua, como contam alguns vizinhos, ele evitava falar com quem não era de sua religião. “Passava de cabeça baixa, não dirigia a palavra”. “Pelo corte de cabelo, todo mundo pensava que ele tinha prestado serviço militar. Ele estava sempre com aquele corte de cabelo meio quadrado, retinho”, lembra um morador da Rua Jequitinhonha, onde o assassino morava até um ano atrás.
O crime - Na manhã desta quinta-feira, Wellington entrou na escola dizendo que daria uma palestra aos alunos. Ele entrou em uma das salas de aula e começou a atirar contra os estudantes. Dez meninas e dois meninos foram assassinados. Um vídeo do circuito interno de câmeras da escola mostra alguns momentos do ataque: nele podem ser vistos adolescentes correndo desesperados, caindo ao chão e se levantando, tentando escapar do atirador, que passa a toda velocidade diante da filmadora.
Após ser parado por um policial que atirou em sua perna, Wellington se deu um tiro na cabeça. "Funcionários da escola informaram aos policiais que o jovem chegou bem vestido, carregando uma mochila, e disse que daria uma palestra para os alunos. Foi assim que subiu ao terceiro andar do prédio", afirmou o coronel Evandro Bezerra, relações públicas do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. O coronel disse ainda que o atirador aparentemente premeditou o ataque. Wellington deixou uma carta incogruente, carregada de referências religiosas e na qual anunciou seu suicídio.  
O que aconteceu no Rio? O incompreensível!
Há coisas que não têm uma explicação e ponto final. Eu sei que isso desafia a nossa sede de tudo entender, de conhecer as causas, de encontrar as motivações. É justo. Quando as procuramos, estamos, na verdade, em busca de soluções e de medidas preventivas. Saibam que psicólogos e psicanalistas — e há muitos profissionais dessa área entre os leitores deste blog; poderão dizer se estou errado — não aceitam trabalhar com psicopatas. Por quê? Porque não há rigorosamente nada a fazer.

BULLYING, UM ASSUNTO SÉRIO - TV BULLYING

COMO OS PAIS E PROFESSORES PODEM AJUDAR AS VÍTIMAS DE BULLYING A SUPERAR O SOFRIMENTO?

 A identificação precoce do bullying pelos responsáveis (pais e professores) é de suma importância. As crianças normalmente não relatam o sofrimento vivenciado na escola, por medo de represálias e por vergonha. A observação dos pais sobre o comportamento dos filhos é fundamental, bem como o diálogo franco entre eles. Os pais não devem hesitar em buscar ajuda de profissionais da área de saúde mental, para que seus filhos possam supe­rar traumas e transtornos psíquicos.
 Outro aspecto de valor inestimável é a percepção do talento inato desses jovens. Os adul­tos devem sempre estimulá-los e procurar métodos eficazes para que essas habilidades possam resgatar sua autoestima, bem como construir sua identidade social na forma de uma cidadania plena.

QUAL A INFLUÊNCIA DA SOCIEDADE ATUAL NESTE TIPO DE COMPORTAMENTO?

O individualismo, cultura dos tempos modernos, propiciou essa prática, em que o ter é muito mais valorizado que o ser, com distorções absurdas de valores éticos. Vive-se em tempos velozes, com grandes mudanças em todas as esferas sociais. Nesse contexto, a educação tanto no lar quanto na escola se tornou rapidamente ultrapassada, confusa, sem parâmetros ou limites. Os pais passaram a ser permissivos em excesso e os filhos cada vez mais exigentes, egocêntricos. As crianças tendem a se comportar em sociedade de acordo com os modelos domésticos. Muitos deles não se preocupam com as regras sociais, não refletem sobre a necessidade delas no convívio coletivo e, nem sequer se preocupam com as consequências dos seus atos transgressores. Cabe à sociedade como um todo transmitir às novas gerações valores educacionais mais éticos e responsáveis. Afinal, são estes jovens que estão delineando o que a sociedade será daqui em diante. Auxiliá-los e conduzi-los na construção de uma sociedade mais justa e menos violenta, é obrigação de todos.

COMO É O BULLYING NAS ESCOLAS BRASILEIRAS, EM COMPARAÇÃO A OUTRAS, DOS ESTADOS UNIDOS OU DA EUROPA? ALGUMA CARACTERÍSTICA ESPECÍFICA?

Em linhas gerais o bullying é um fenômeno universal e democrático, pois acontece em todas as partes do mundo onde existem relações humanas e onde a vida escolar faz parte do cotidiano dos jovens. Alguns países, no entanto, apresentam características peculiares na manifestação desse fenômeno: nos EUA, o bullying tende a apresentar-se de forma mais grave com casos de homicídios coletivos, e isso se deve à infeliz facilidade que os jovens americanos possuem de terem acesso as armas de fogo. Nos países da Europa, o
bullying tende a se manifestar na forma de segregação social a até da xenofobia. No Brasil, observam-se manifestações semelhantes às dos demais países, mas com peculiaridades locais: o uso de violência com armas brancas ainda é maior que a exercida com armas de fogo, uma vez que o acesso a elas ainda é restrito a ambientes sociais dominados pelo narcotráfico. A violência na forma de descriminação e segregação aparece mais em escolas particulares de alto poder aquisitivo, onde os descendentes nordestinos, ainda que economicamente favorecidos, costumam sofrer discriminação em função de seus hábitos, sotaques ou expressões idiomáticas típicas. Por esses aspectos é necessário sempre anali­sar, de maneira individualizada, todos os comportamentos de bullying, pois as suas formas diversas podem sinalizar com mais precisão as possíveis ações para a redução dessas variadas expressões da violência entre estudantes.